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Avulsão da tuberosidade da tíbia: Quando acontece essa fratura nos cães?



Definição


A tuberosidade da tíbia é uma apófise (saliência), onde localiza-se a inserção da musculatura do quadríceps, através do tendão patelar.

Etiologia (causa)

Quando o joelho é flexionado com força excessiva, o resultado pode ser a avulsão dessa tuberosidade.


O deslocamento pode ser mínimo ou grave, resultando em descolamento da tuberosidade e deslocamento proximal da patela.


Raças predispostas


Essa é uma fratura comum em filhotes, uma vez que as placas de crescimento estão abertas, e a região está em um período de menor resistência. Cães de raça grande e com musculatura bastante desenvolvida, também podem fazer avulsão da tuberosidade mais facilmente.


Diagnóstico

Os pacientes com avulsão costumam não conseguir apoiar o membro acometido devido a força exercida pela musculatura do quadríceps na região. A palpação da tuberosidade costuma ser dolorosa. Além disso, radiografias da tíbia acometida e da contralateral podem ser úteis para confirmar o diagnóstico e determinar o grau de deslocamento do lado afetado, uma vez que a placa de crescimento pode se apresentar larga normalmente na tíbia imatura.

Tratamento


O manejo conservador usando uma coaptação externa com uma tala ou gesso pode ser o tratamento eleito nos casos em que haja um mínimo deslocamento e claudicação leve.

A coaptação externa também pode ser escolhida nos casos mais crônicos devido ao diagnóstico tardio, uma vez que a redução aberta pode ser um desafio se a cirurgia for atrasada por longos períodos.


Nos casos cirúrgicos, onde há deslocamento grave, em pacientes pequenos é possível realizar a fixação com dois fios de kirschner, pinos de steinmann ou com parafuso compressivo. Na maioria dos casos, um pino e banda de tensão é a técnica recomendada.


Pós-operatório A restrição de exercícios deve ser recomendada até a primeira radiografia, e o acompanhamento radiográfico deverá ser realizado novamente em 3-4 semanas.


Em animais com potencial de maior crescimento, os implantes devem ser removidos, uma vez que a cura radiográfica é evidente normalmente em 3-6 semanas.

Prognóstico

O prognóstico para o retorno total à função é bom.

Possíveis complicações


Entre as principais complicações estão: migração dos pinos; falha dos pinos, fios de kirschner ou parafuso, além de lesões induzidas pelos implantes.


Referências bibliográficas


FOSSUM, T.W. Cirurgia de pequenos animais, 4a ed. Elsevier, 2014.


Sobre o autor

Felipe Garofallo é médico-veterinário (CRMV/SP 39.972), especializado em ortopedia e neurocirurgia de cães e gatos e proprietário da empresa Ortho for Pets: Ortopedia Veterinária e Especialidades. Agende uma consulta pelo whatsapp (11)91152-4321 ou (11)91258-5102.


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